25.5.15

Interregno

Do latim interregnu-, «idem»
nome masculino
Período entre dois reinados, em que não há rei hereditário ou eletivo
Período em que algo deixa de estar em vigor ou um cargo deixa de ser preenchido
Interrupção temporária. = INTERLÚDIO, INTERVALO

Há alturas na vida que fazemos, de forma voluntária ou não, paragens, quer a nível profissional, quer pessoal. Escrevo isto apenas para partilhar convosco a ideia que nada nesta vida é definitivo e se num dia pensamos que jamais retomaremos algo, isso pode não acontecer.
Hoje escrevo sobre a amizade.
Decorria o ano de 1994 quando conheci uma amiga. Fomos grandes confidentes e próximas durante cerca de três anos. Com promessas de amizade para a vida, daquelas de adolescentes, comparando-se às de amor eterno. De projetos e trabalhos comuns. E de até morarmos na mesma cidade...
O curso terminou e as circunstâncias da vida, não importa aqui enumerar quais, separaram-nos. E de grandes amigas passámos a desconhecidas num ápice.
Havia telefones. Havia cartas. Os emails e telemóveis davam os primeiros passos e eram um novo mundo em potência. Mas para nós não. Foi como se aquele passado, ainda tão presente, não tivesse existido.
Durante 16 anos soube muito pouco dela e ela de mim.
Cada uma percorreu os caminhos que tinha de percorrer. Cada uma riu e chorou com quem o tinha de fazer.  
Eis que em fevereiro de 2013 recebo uma mensagem, associada a um pedido de amizade, numa das redes sociais da qual faço parte. Podia tê-la ignorado, como ela em tempos mo tinha feito. Mas não. Naquele preciso momento, e sem pensar, resolvi (re)viver esta amizade, que hoje se constrói como se não tivessem existido este interregno.
Ainda há poucos dias, em conversa, ela me disse que estou cada vez mais presente na sua vida (e ela na minha), quer por via de um contacto permanente a que as novas tecnologias nos permitem, quer por via das peças maloca que lhe tenho feito, como esta: 
 
 
Viva à amizade e às segundas oportunidades! :)

19.5.15

Coca-cola

Os xailes e o efeito Coca-Cola...

Decorria o ano de 1928 quando a marca Coca-Cola pediu ao nosso escritor Fernando Pessoa para elaborar um slogan publicitário.
Deste repto surgiu o célebre "Primeiro estranha-se. Depois entranha-se."
As vendas do famoso refrigerante dispararam, mas a comercialização do mesmo esteve suspensa em Portugal até ao 25 de Abril de 1974.
Tudo isto porque o então diretor de Saúde de Lisboa, o Doutor Ricardo Jorge, mandou apreender o produto existente no mercado e deitá-lo ao mar. Era seu entendimento que, se o produto era resultado do extrato da cocaína, então não devia ser vendido ao público, para evitar intoxicações. Se por outro lado o produto não tinha na sua composição cocaína, então tratar-se-ia de publicidade enganosa. O que justificava a sua apreensão e recolha do mercado. Assim, perante o slogan de Pessoa, o diretor de saúde, ele próprio, reconhecia a toxicidade do produto, com base na premissa: se primeiro se estranha e depois se entranha, porque é precisamente o que acontece com os estupefacientes que, embora tomados a primeira vez com estranheza, o paciente acaba por adquirir a sua habituação.
Após esta curiosidade da marca Coca-Cola e do slogan sobejamente conhecido, faço um paralelo com o uso dos xailes. Se em tempos fazia parte integrante da indumentária feminina, hoje o seu uso estranha-se no entanto, quem arrisca a usa-los, entranha-o. Não é primaVera?!

17.5.15

Segredo

(latim secretum, -i)
substantivo masculino
Coisa que não deve ser sabida por outrem.
Coisa que se diz a outrem mas que não deve ser sabida de terceiro.
Reserva, discrição.
Arte, ciência.
Meio pouco conhecido de fazer uma coisa.
Receita secreta.
Lugar de uma prisão onde se conservam os presos que devem estar incomunicáveis.
Estado do prisioneiro incomunicável.
Esconderijo.
Mola oculta.
Meio de acção sabido apenas por alguns.
Conjunto de causas desconhecidas.
O íntimo, o âmago.
adjectivo
[Antigo] Secreto.
em segredo
• Em particular; ao ouvido.
segredo de polichinelo
• Informação que devia ser secreta, mas que já é do conhecimento de todos.

A cerimónia do casamento encerra em si inúmeros rituais. Alguns deles mantidos em segredo durante algum tempo, como é o caso do noivo não ver o vestido da noiva antes dela subir ao altar.
Todos os rituais associados a esta festa têm apenas um propósito, agregarem boas energias e trazerem sorte e prosperidade à nova família que se une em casamento.
Eu própria quando faço o casalinho de noivos que transporta uma pequena oferta para o casal, encho-os sempre de arroz e, em segredo, coloco religiosamente 3 moedas de cêntimo, em cada um. Podia não o fazer, porque não se vê, não se sabe, mas, para mim tornou-se um ritual e se não o fizer, não é a mesma coisa. Sinto que não estou em sintonia com todo este ritual.

À nova família que se forma hoje desejo tudo isto... Boas energias. Um casamento feliz, cheio de amor e prosperidade.


14.5.15

Twist & Tango

Twist
O Twist é uma dança típica dos Estados Unidos que tem como origem ritmos como rock and roll, jazz e outros. A dança expandiu-se dos EUA para vários países e foi o estilo que marcou a década de 60.

Tango
O tango é um tipo musical e uma dança a par. Tem forma musical binária e compasso de dois por quatro. A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados.
  
Da mistura destes dois tipos de dança surge o nome Twingo, palavra que deu origem a um modelo de um carro citadino da marca francesa Renault, que nasceu em 1993.
Este mini automóvel de 3 portas e tipo monovolume, inicialmente concebido para apenas um tipo de carroçaria, uma versão e um motor, veio revolucionar as cidades europeias e inspirou muitas outras marcas.
O Twingo de primeira geração possuía apenas como opção o ar condicionado, o tecto de abrir panorâmico e estava disponível em várias cores, claras e alegres. Os seus bancos traseiros rebatiam e deitavam, o que juntamente com os da frente, tornavam-no numa cama e num carro único e divertido.
Em 2014 surge uma nova versão, inspirada no seu "primo" Renault 5. Tornando-o bem diferente da versão inicial.
Estes carritos simpáticos e práticos, da antiga ou da nova geração, ficam muito bem nas mãos de pessoas mini de tamanho e grandes, ou melhor, gigantes de Y. Como é o caso da minha amiga Teresa, que me pediu que fizesse um protetor de cinto para usar no seu Twingo.
  

13.5.15

Hífen

(latim hyphen, do grego hufén, como um, num só)
substantivo masculino
Sinal gráfico (-) de separação de elementos de um composto, de alguns prefixos, de sílabas em fim de linha e de ligações enclíticas, mesoclíticas ou proclíticas. = TIRETE, TRAÇO DE UNIÃO
Plural: hífenes ou hifens.

HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES
Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

 
É oficial e definitivo, a partir de hoje, 13 de maio, passa a ser obrigatório escrever segundo as regras do Acordo Ortográfico (AO). Terminou oficialmente os seis anos do período de transição para aplicação do AO na Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 2009.
A partir de agora e porque até então tenho escrito em total desacordo, terei de ter mais atenção à grafia, para evitar erros. Mas acredito que alguns permaneçam...
 
Fontes: Portal da Língua Portuguesa e Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

6.5.15

Catita

(origem controversa)
substantivo de dois géneros
Pessoa elegante ou vestida com esmero.
substantivo feminino
Teiga.
[Náutica] Vela pequena da popa, usada em chalupas e outros barcos pequenos.
adjectivo de dois géneros
Garrido; casquilho; formoso.
[Portugal: Estremadura] Cada uma das ilhotas ou ínsuas do Sado.
[Brasil] Prisão; calabouço.

Vou cometer uma inconfidência... 
Estou altamente viciada no tricô! Mas este é um vício saudável e altamente recomendável. 
Estudos apontam que esta arte traz grandes benefícios. Os movimentos repetitivos das agulhas provocam uma sessão de relaxamento que ajudam a aliviar o stress, a diminuir estádios de ansiedade e depressão, a baixar a pressão sanguínea, consequentemente a tensão arterial, e a gerir a dor crónica.
O tricô é um mundo e por aqui há tantas, mas tantas, coisas giras para fazer e para nos inspirar... 
Desta vez inspirei-me no modelo Molly da marca Garnstudio DROPS Design - "...a maior marca do Norte da Europa relativa a fios para tricotar e em modelos de tricô e de croché. As colecções DROPS são publicadas em 15 línguas e vendidas em mais de 25 países." Um tapa-ombros a pensar nos dias mais quentes, para usar por cima de um camiseiro, de uma camisola ou de um top básico. O fio escolhido foi o Catita da marca portuguesa Brancal.
Com esta peça fiquei assim, tal como o fio, mais "catita" e bastante colorida. :)