28.1.19

13


Para mim 13 não é apenas um número e não é daqueles que trazem menos sorte, este ano é o número de velas (imaginárias) que acendo para celebrar este meu hobby.

Estávamos em 2006, nos infindáveis dias do mês de Janeiro, recém-casada-chegada-à-capital, desempregada e sozinha, porque o Bruno tinha sido destacado para fazer a cobertura jornalística dos colonatos na Cisjordânia e outros acontecimentos marcantes naquela zona do globo que entretanto foram ocorrendo, nomeadamente o naufrágio do ferry egípcio Al-Salam Boccaccio 98 no Mar Vermelho
Há muito que já dava umas laçadas em crochet, que é a técnica base, que aprendi a fazer desde cedo com a minha mãe - hoje dizem ser coisa de velha, mas que falta faz saber pelo menos coser um botão, sem termos de pagar por isso. Mas recuando à data, e como já relatei aqui, comecei por fazer malas em trapilho, na altura uma matéria-prima inexistente pela capital e arredores - hoje massificada em qualquer loja dos senhores de olhos em bico. 
A vontade de começar a "produzir" estas peças surgiu de forma inesperada e do pedido feito sem qualquer hesitação da amiga Cátia ao ver a nova mala feita totalmente à mão por mim e diferente de todas as outras compradas em loja.
Todos estes anos foram marcados por mudanças, por mais ou menos trabalho, por novas e constantes aprendizagens, nomeadamente no investimento em aprofundar e melhorar conhecimento ao nível do saber fazer. Aqui os workshops são fundamentais. Engana-se quem pensa que se nasce pronto, pois não nascemos, devemos questionarmos-nos diariamente se aquilo que fazemos hoje é a melhor forma de o fazer, quer no campo profissional, quer no pessoal. Estou e estarei sempre disponível a ser desafiada para criar, mais e melhores peças, colocando sempre o melhor de mim em tudo o que faço, pois só assim faz sentido.



Pregadeira-pico: oferta de casamento da Cátia & Beto a 19/04/2009, para as senhoras.


[Eu e a minha primeira e grande mestre - Mãe, em dia de casório. 💗]

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